quinta-feira, 17 de maio de 2007

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segunda-feira, 7 de maio de 2007

Pequeninos

Rating:★★★★
Category:Other
Tinha uma estrutura frágil, delicada. Chegava mesmo a se perguntar se não era de vidro. Mas seu perfume lhe respondia que naquele corpinho não havia nada de inodoro...
Seu rosto como que desenhado a lápis era a própria concepção da suavidade. Sua saia de cetim, a blusa tentadoramente de renda e os seios pequenos...pequeninos.
Todos os dias pegavam o elevador no mesmo horário. E todos os dias de cabeça baixa contemplava aquela pequena presença serena...e aqueles pequenos pés. Cobertos pelos sapatos. Seus pés eram tão pequeninos quanto a dona. Entrava no elevador, contemplava sua maravilhosa imagem num espaço de um bom dia e depois ficavam apenas Ele e Eles. E eram vestidos em couro, veludo ou tecido.
Ao admira-los toda manhã, sempre se perguntava como o ser humano tinha tanta criatividade para cobrir com tamanha beleza aqueles pézinhos que, pequeninos como eram, ficariam bem até em chinelo velho e rasteiro. Mas que naqueles sapatinhos envernizados ganhavam todo o brilho e mistério que precisavam para a perfeição.
Verdes, roxos, pretos, cinzas, azuis, rosas (estes últimos absolutamente celestiais). Com laços, pedrinhas de cristal, fitas de cetim...
Certa manhã, entrou no elevador de maneira irresistível. Primeiro, seu perfume invadiu. O vestido costurado ao corpo, de um tecido que embora não transparente, sugeria. As costas nuas, com fitas entrelaçadas. Sem sutiã! Os bicos dos seios rijos traindo a descrição que o a função do esconder do vestido deveria exercer. E finalmente, os sapatos, ou melhor, os pés.
De Salto Alto, suas panturrilhas ganhavam um contorno muscular protuberante e arredondado. A fivela era extensa e lhe rodeava, intencionalmente, os tornozelos com duas voltas. A abotoadura era de Strass e na parte frontal havia um pequeno laço em couro que empregava a todo o sapato e a ela um aspecto excitantemente pueril. Não era possível descriminar se eram pés de menina em sapatos de mulher ou sapatos de menina em pés de mulher.
Os seios rijos, o laço do sapato, o perfume; tomou o elevador como que se houvessem substituído todo o ar apenas por ele. E me arranhava a garganta e rasgava o pulmão.
Tirei-lhes as sapatilhas delicadamente, mas com a ânsia de quem tira o calçado que os pés a tanto machucam. Os pezinhos que nunca haviam desfilados nus... Eu os lambi, os chupei. Subi por entre suas cochas e senti o arrepio de sua pele com o roçar de meus cabelos enquanto subia vagarosamente em movimentos entrecalados por leves mordidas. As fitas de sua calcinha assemelhavam as fitas dos sapatos que sempre usava e que tanto escondiam uma nudez a tanto desejada. O perfume agora exalava um odor diferente, forte.
Um calor intenso tomava o local e a respiração cada vez mais dificultosa exigia um inspirar mais profundo. Bem mais profundo...
Pedi que se virasse de costas em posição de joelhos. Queria acariciar a planta de seus pés enquanto sentia seu corpo estremecer. Eram alvos, de uma pele muito fina que se acaso pisassem descalços em um grão de areia facilmente este os feririam. Cabiam na palma de minha mão. Perfeitos...
__Senhor João! Chegamos. O senhor não irá descer?
__Obrigada. Estava distraído – respondi com um sorriso constrangido, enquanto segurava a pasta atrapalhadamente a frente da calça.
Ao entardecer, já em final de expediente, ao passar por sua mesa para somente um pouco mais admira-la, encontrou seus sapatos ao lado da cadeira e os pés escondidos embaixo da mesa de trabalho. Nus...os dedos tortos e as unhas encravadas.

Trópico - Erotismo na era virtual

http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2673,1.shl
Debate com a professora de literatura Eliane Robert Moraes e a psicanalista Miriam Chnaiderman mediado pela antropóloga Esther Hamburger, co-editora de Trópico

Prosa - Dezembro de 2005:Lygia Fagundes Telles, Luiz Vilela, M疵io de Andrade

http://www.pd-literatura.com.br/pd2005/prosa/natal_05.html
Alguns contos...muito...sem palavras!

Luiz Vilela - Menu

http://www.releituras.com/lvilela_menu.asp
Um conto Erótico (?) de Luiz Viletla, um dos melhores escritores da atualidade (segundo eu mesma, Bosi e, Antonio Candido).

sexta-feira, 4 de maio de 2007