quinta-feira, 8 de maio de 2014

morrer de mar


é doce morrer no mar
nas ondas verdes do mar
 
Estanco do momento
que escorro
afundo
O Tempo já não é amigo
nem inimigo. Anulo.

Memória
:
fóssil de instante
do que um dia já foi líquido
escultura seca
de infinito íntimo
espuma do mar
evaporada. 

terça-feira, 6 de maio de 2014

RITO em CAIXA ALTA


Ajoelho sobre escombros
E rezo 
líquidas fagulhas
telúricas agulhas 
no seio
Pontes de anseios
gotas pontiagudas
e o rito:
AMOR
(Só em caixa alta)

AMOR?!

Anestesiadas assombrações
seguem na datilografia fria
de lustro-cidades fálicas
concreto brocha
saliva cinza
reprimida na boca
proibida de babar-se

(amoooooooooooooooooooor!!!)

AMOR!

Gosmas
Esfolações
Sangrias
Microrganismos
Cataclismos
Urinas
A cara Comprimida
O peito Estilhaçado
num Inteiro
que só O É
Se DOIS
Se MAIS
Salivas
Salinidades
Umectâncias
Células 
Trocas 
Nucleares
Leites
Bicos
Leitos
Lentosidades
Saliências degustáveis
O Divino Empalamento
A um Deus Sem Nome
Em CAIXA ALTA          

AMOR
:
de Pandora
O FODER LIBERTO