quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Minhas pequenas...diárias...

Tomo café todos os dias, durante todo o dia.

Sempre achei o gosto do café e, até mesmo o seu tão reverenciado cheiro e aroma, uma coisa realmente abominável. Quando eu era criança, algumas vezes por semana, ou ainda por mês, tinha de ir ao médico na Santa Cecília. Adoro aquele bairro...e os seus Cafés. Mas aquele cheiro que subia quando passava pelo centro da cidade, aquele cheiro de café com leite, sempre me embrulhava o estômago.

Cresci.

As coisas estão além das sensações. Sentimentos. Além da medicina e da biologia, S.E.N.T.I.M.O.S o mundo. Não o “sensacionamos”.  As palavras, às vezes, brincam de se esquecer de sua arbitrariedade. Sentir os sentimentos é o mais absurdo e redundante que se pode dizer ou de se ter dito.

A conversa da copeira do trabalho acordava-me ao meu café com doçura e risadas. A companheirisse noturna de Sonia também.

Aos poucos os companheiros se multiplicam e assim adentramos a madrugada com todos os seus sonhos de ninar... em canções silenciosas de gente que nunca vi. Já bêbada e entorpecida, as minhas idéias dançam...cada vez mais leves, cada vez mais embriagadas...a música impossível. Os passos impossíveis... a sonolência da solidão.

A palavra sonhada na cafeína de meus anseios...        

 

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