Acordei.
Meu filho ouviu-me e também acordou. Eu o beijo. Ele deixa-se
ser beijado. Ele olha em meus olhos. E isso me constrange. Volta a dormir. Ufa!
Ele, assim como minha avó, SABE. Sabe ler meus olhos. E eu tenho
medo. De que descubra esta opacidade inundando o reflexo de minhas córneas. Dos
desejos que neles boiam – corpos?-, da
dormência de meus sonhos. Da minha
Sonhidão. É provável que ele já tenha observado. Mas ainda não tenha entendido. Durma, meu
filho, durma!
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