segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dos constrangimentos diários


Acordei.
Meu filho ouviu-me e também acordou. Eu o beijo. Ele deixa-se ser beijado. Ele olha em meus olhos. E isso me constrange. Volta a dormir. Ufa!
Ele, assim como minha avó, SABE. Sabe ler meus olhos. E eu tenho medo. De que descubra esta opacidade inundando o reflexo de minhas córneas. Dos desejos que neles boiam – corpos?-,  da dormência de meus sonhos.  Da minha Sonhidão. É provável que ele já tenha observado. Mas ainda não tenha entendido. Durma, meu filho, durma! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário