Só por hoje não o amarei.
(Só por hoje não o ligarei, não pensarei nele, não manderei mensagens, etc).
Só por hoje...
Amorosos Anônimos
Só por hoje não o amarei.
(Só por hoje não o ligarei, não pensarei nele, não manderei mensagens, etc).
Só por hoje...
Amorosos Anônimos
Quando eu nasci, um anjo torto
me disse: Vai, Yara! E seja imagem e semelhança.
Corpo incorreto
Contorno choco...
O torto da ideia do olho
o osso do fundo do oco
sangue
entranhas...
Estranha.
Um soco em ponta de vida
Carne sem rima
escultura de Sal
As mãos quebradas
Carne-Cal
Carne-caustica
Em praias lisas
de marés retilíneas
galhos uniformes
folhas geométricas
O coração correto
a carne in-core-recta
Só poderia mesmo dar nisto(!):
sentimentos torpes
poesia manca
No liso dorso do papel
um tropeço na artéria dos sonhos.
Rating: | |
Category: | Other |
É inevitável que a cada dia a mesma questão não deixe de martelar meus parafusos: o que me fez parar de escrever?
Tantas coisas a dizer... O ciúme pela primeira vez experimentado, a covardia diante de um projeto de mestrado, os medos, os deslumbramentos de cada dia. A relação incestuosa com os escritos de Hilda Hilst, as novas caraminholas fecundadas por Deleuze. Hilda que com sua A Obscena Senhora D. até o momento coloca-me a desconfiança de que alguém, antes mesmo de eu nascer, soube entrar em meus pensamentos, e transpos tudo, obscenamente, em um livro público. Com Deleuze, colocada de lado a dificuldade da leitura, pela primeira vez senti a esperança de uma reflexão ética e psicológica que não se cristalizasse em arquétipos aparentemente idiossincráticos e aleatórios.
Tantas coisas... Tantos sentimentos... Sento-me em um restaurante e degusto a minha sopa com uma única coisa na cabeça: escrever. Um enorme sentimento de pequenez diante da vida e um delicado e discreto buraco negro a chupar minhas expectativas. E o que há contigo, senhorita Y. ? E o que há contigo a quem sempre a escrita foi mais do que uma obrigação: a quem a escrita é a única forma de viver menos distante do que chamamos de completamente? Escrever requer disciplina e hábito e é isso o que eu não contava. Dominar o sono, o cansaço, parar de dispersar com tantos moinhos de vento...
Essa semana, finalmente, eu tirei do papel o meu projeto de um blog de crítica literária e de arte. Um primeiro passo, o qual, espero manter.
Deixo aqui o endereço do blog o qual espero manter a atualização com a disciplina de um atleta.
É... E mais uma vez, um, dois, três, testanto!
Blog Oficina de Saudade: http://saudadesensaiadas.wordpress.com/
§ Se fosse possível escrever um diário de saudades inventadas com escrituras das lembranças do que jamais vivi, tais relatos estariam reproduzidos neste espaço. Mas, ao procurar uma definição para este projeto – as escrivinhaduras de minhas leituras, não soube separar em exatidão a vida sentida e capturada nos livros que me permeiam e todo o resto.Assim, o máximo que conseguirei prometer a quem por ventura por estas linhas se enredarem são: Ensaios de ensaios…
Olá querido diário, querido e abandonado diário, a quantas anda, companheiro? Eu ando bem, obrigada.
Ano novo, vida nova conta-nos o dito popular. E que assim seja! Que este maravilhoso rito de passagem traga-me muita coragem para este novo e misterioso ano.
2011 não foi um bom ano para esta infeliz blogueira de meia tigela. Todos os pensamentos a lascar-me as carnes, as lágrimas a desenhar seu curso em meu rosto e ainda assim, as mãos anestesiadas. Um ano de muito silêncio. Um ano de muito medo. E de quem? De meu bicho papão imaginário, oras! Rsrs!!! Estamos em queda de braço! E Nada foi poupado.
A não aceitação de um ideal de maternidade hipócrita, o trabalho questionado, a faculdade abandonada. A paixão questionada, os saberes deslocados, a família, trator de subjetividades. Ao final do ano, o pedido desesperado de Férias. F.É.R.I.A.S. Vai todo mundo pra balança!
Ser responsável, absolutamente responsável por minhas escolhas e também, por minhas cobranças. Um ano de escolhas.
Mas enquanto isso, eu quero apenas, uma pausa de mil compassos...rsrs!!!
Samba de Paulinho da Viola na voz de Marisa Monte
http://www.youtube.com/watch?v=haAppvK_DlI
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito