Oh, Deusa!
Cantai
Aos Musos
Que já é hora!
Nobres,
do canto dos Deuses apartados
Oh, Deusa,
Cantai!
Despiu-se
Em meus olhos
Janelas emaranhadas de almas
Recortes de corpos
em lâminas e delineio
Na maciês luminosa do quarto
Os fios lançados à penumbra
Um oráculo a professar...
Seus pêlos
Torçuras em mel
Trançado gotejo
Óleos quentes
Aguação de língua
Na boca
Desejos em caracolados
O fremir crespo
Ritos e enroscos
Oração arrematada
Uma boca de mulher
A babar-se
na ânsia
de sanguíneos enleios
O Olímpo em Penugens
Divinos
Linhos
A morte do pássaro
Aninhada
em meu Novelo.
Oh, Deusa
Orai!
O nó
de cada labirinto
o encontro
das dobras
os segredos
do Canto
Teso
Nenhum comentário:
Postar um comentário