escorrer seus dedos
em licor ornado
em meu úmido desejo
lamber o Amor
em seus
atos&atalhos
beijar seus palavrões em mim
baixinhos
ao pé do ouvido
e chupar
o seu “caralho”
sentir Você
Sacana
o olhar direto
fodendo
em minha Chama
acender
os sisos e os tinos
gemer aos gritos
a sua boca suja
cortesia vulgar
delicadamente
ouvir
que comigo
“suavemente quer trepar”
compreender na pele
sua língua
sugar nesta
mais perfeita taça
os lábios tintos
a delicada nata
o sincero segredo rijo
purificar
as minhas ideias
já molhadas
em água santa
nos embriagar
e queimar os trajes,
as carnes e as frases
umedecer pelo fio
o novelo
descobrir a ponta
pelo fim
e pelo fio
sempre o começo
se enredar em linhas e enlaces
de cada nó
na morte
um cálice
nada mais quero
nada mais espero
do começo ao fim
único elo
o começo no fim
o infinito em meu meio
nada mais
quero
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