quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O meu plano A era Vinicius, mas...



 agora ele é apenas um mau agouro

Se a vida é “a arte do encontro”, sou desvivida em desencontros. 
Encontrada apenas com o anjo torto do gauchismo Drummondiano. Sem rancores, sem rancores!
Apenas é que faz dois dias ando a pensar em meus desencontros. E comecei a lista-los todos, in memoria. Eu sou meio maso mesmo.  
Encontrei um filho, desencontrei um pai. Fui apaixonada por um mocinho da Letras por anos e acabei ficando com o outro, que eu era a fim, mas justo quando... descobri que estava grávida. Aliás, estar grávida é chamar encontros desencontrados em feto.
O outro se declarou  a mim no dia que peguei o exame de positivo. O amigo de amizade colorida se engraçou comigo com a barriga crescendo. Depois, se apaixonou por uma mocinha linda e a abandonou pra ir pra França. Daí ficou dois anos e quando voltou eu acabara de começar o namoro. Quando terminei o meu, começou o outro...  Eu menstruo em meus encontros, eu passo mal, fico sem grana, o metrô cai, é Hiroshima-micro-in-loco, saci trocando a hora do relógio, um atraso, deslocos.
Eu disse que o amava quando ele não. Ele disse que me amava quando eu não. Eu tive sempre bons empregos, só que ao contrário. O primeiro, eu teria sucesso, se  antes houvesse passado pelo atual. E o atual, pelo primeiro. E o do meio, se no fim.
Vinicius era meu plano A. Mas nasceu antes e ainda tirou sarro, safado! Chico era o B, Vinicius, novamente, desaforado!  Sem rancores, sem rancores... meus desencontros geraram todos os demais encontros desencontrados, se eu pensar melhor, com mais bossa, né? E que meus desencontros sejam eternos enquanto durem!


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