terça-feira, 25 de agosto de 2009
Nem todas as primaveras serão floridas...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Quase dois sambas
A outra metade de meus textos...
Dois sambas e nenhuma melodia.
Sorry pela mediocridade das letras, mas não sou poeta e nem musicista. Apenas uma grande intrometida. Como diria o meu amor, em paráfrase a uma frase do texto de Raduan Nassar, uma lingüístazinha de merda.
Mas se não faço sambas bons, é que estou me guardando para quando o carnaval chegar...
....
Samba sem endereço
Meu nego diz que é branco
Que é quase carcamano
Que é da Leopoldina
E que na minha favelinha
Prefere nem pisar.
Meu nego que é branco
Que se acha carcamano
Despejado da mordomia
Diz que só se mudou lá da vilinha
Que é pra não entediar.
Meu branco diz que é preto
Mas que é preto do Bexiga
E que não se junta com gentinha
Que é pra não acostumar.
Meu nego não tem cama,
Não tem mesa, não tem grana
Mas diz com voz de galo empapado
Que não é em barraco alagado
Que ele há de me amar.
Meu nego não tem cor
Não tem diploma de dotô
Não tem beira, não tem eira
Não tem carro, nem cavalo
Mas diz que em endereço favelado
Ele não vai me procurar
O meu nego que não é preto
Nasceu num bairro de operário
Em épocas de glória foi proletário
Mas hoje acha de classe só palavrear
Meu nego fala bonito, Fala difícil
Diz que é branco letrado
E que não vai pro trabalho
Que é pra inteligência não gastar
Diz que é vagabundo de classe
Que pra favela só iria se o pagasse
Mas na hora do amorzinho
A favela não quer largar
O meu branco quer ser preto
Às vezes se acha o literato
E encarna o próprio Machado
Que de preto aos poucos passou a clarear
O branquinho que é o meu nego
Esnobou minha favela,
- Tem gente chucra e sem cultura!
É difícil de chegar
Mas esse branco que é meu nego
Que não banca e só faz trela
É apenas mais um desses malandros de subúrbio
Que de samba não quer gostar
O que o nego num percebe
É que o de menos é meu “CEPE”
Que a favela mora em mim
E o meu amor é feito assim
De samba sem hora e sem lugar
Ele é a minha favela fazendo batuque
E é feito no ritmo da cama fazendo compasso
Ele é o samba sonhando o terreiro em que vai tocar.
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(Sem título)
Dizem por aí que sou muito é descarada, pois o corpo ainda nem esfriara
E eu tão logo viuvinha
Já me fiz faceirinha pro velório ir paquerar,
Mas o que todos não sabem
é que rancor de mulher traída
só se cura mesmo é com saia curta e com birita...
e mais ainda
com muita danação
Pois só eu sei quanta brasa engoli
Que da amante maldita à boca dele cuspia
as cinzas de nossa paixão
É que por um teco de cigarro, esse desgraçado,
quis me deixar no celibato
com lamento e sem pensão
E se foi.
Com a querida fedida
A traiçoeira, magrela e nem mesmo faceira,
E quem lhe era sempre a preferida
Ingrato! Ingrato!
Eu ali, queimando em paixão,
Trocada por um cinzeiro roubado!
Ingrato!
E o maravilhoso perfume
de nicotina!Da querida... fedida!
Fedida e barata,
que a todo tempo lhe escarrava a desgraça,
a asfixia de nossa canção.
Ingrato!
E agora, que suas brasas o consumiram,
Pois eu é quem pergunto a todos esses ditos amigos
Quem é que consumirá
As brasas que eu estava guardar
e o Amor que estava a lhe juntar, enquanto ele?
Tudo num cinzeiro a nos fumar!
Ingrato!
Há isso é que não há perdão!
E é por isso que eu afirmo
E em compasso de samba de viúva empoleirada
Que por chumbo trocado e cinzeiro derramado
Não se fica a chorar e não se reclama por limpar.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
A breguiçe de cada dia

Há dias em que acordamos brega (ou seria: “há dias em que acordo brega”?!). Não sei exatamente a qual transformação química, causa psicológica ou efeito cosmológico é possível atribuir responsabilidade a esse estado, muito menos o agente neutralizador que colocaria fim a ele, mas o que acontece é que há dias em que tudo parece se desejar em traços de epopéia.
Acordo atrasada (como sempre!) e adquiro instantaneamente a crença de que todos me odiarão por causa disso. Olho no espelho e estou feia. Aliás, estou não: sempre fui só que antes não percebia. Isso porque, veio uma fadinha no meio da noite, tocou uma varinha em meus olhos e, de hora para outra, passe a enxergar a minha feiúra! Mas isso pouco importa, pois tenho pouco tempo de vida. Pois é, isso mesmo! Por qualquer motivo absurdo, em uma rua qualquer, estarei lá, no momento errado e na hora errada e... PUM! Irei dessa para melhor! Deixarei meu amor, viúvo, meu filho, órfão, meus amigos, em desamparo... Dramático? Imagine!!! Rsrs!
Mas, calma: há os dias de breguice otimista. Acordamos e a mesma fadinha da feiúra, agora, se transformou na fadinha do amor. Então, acordo e sinto um enorme sentimento de amor: um amor pungente!(Arpas tocando!) Olho no relógio e ainda está cedo demais para levantar-me. Mesmo assim, vou tomar banho. Lavo os cabelos para que fiquem mais bonitos. Olho-me no espelho e minha pele está perfeita. Resolvo que vou menos desarrumada para o trabalho neste dia. Atravesso a ponte da Cidade Universitária cantando (quer dizer: isso eu faço tantos nos dias de pessimismo quanto nos de otimismo!)... uma música piegas! Just in time youve found me just in time…Before you came my time was running low! (repito o mesmo trecho diversas vezes, visto que nunca sei uma música por completo!). E tudo dará certo, mesmo em virtude de minha enorme preguiça em mudar meus erros.
Meus amigos são os melhores, meu amor é eterno e perfeito, meu filho é o mais belo, valoroso e feliz das crianças e tudo em minha vida sempre foi e sempre será motivo de nostalgia. Lembro-me de coisas boas e tenho vontade de paralisar o tempo em sua magnitude! Mas, aí por um místério semelhante que desencadeou o estado de breguice, acontece de aparecer a fadinha do senso crítico, e também, de hora para outra,torna tudo ridículo. Quer dizer, torna tudo muito mais ridículo! Até mesmo o que não deveria ser; o que não é.
Mas antes que o meu venha a meu socorro (ou para me infernizar!arrrgut!), deixo, a quem por essas bandas venha a xeretar, uma doce lembrança de um surto de pieguice...rsrs!
Caminhando e cantando
Seguindo a canção...
Brincadeira! Hihihi!
Aí vai!
Nina Simone
My Baby Just Cares for Me
My baby don't care for shows
My baby don't care for clothes
My baby just cares for me
My baby don't care for cars and races
My baby don't care for high-tone places
Liz Taylor is not his style
And even Lana Turner's smile
Is somethin' he can't see
My baby don't care who knows
My baby just cares for me
Baby, my baby don't care for shows
And he don't even care for clothes
He cares for me
My baby don't care
For cars and races
My baby don't care for
He don't care for high-tone places
Liz Taylor is not his style
And even Liberace's smile
Is something he can't see
Is something he can't see
I wonder what's wrong with baby
My baby just cares for
My baby just cares for
My baby just cares for me
Para ver a tradução dessa música, clique aqui.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
INCOMPLETUDES
Um dos melhores blogs que já visitei. Blog com cara de blog e nem por isso, menos interessante. Recomendo!!!
terça-feira, 25 de março de 2008
Site da Mallu Magalhães
Considerada uma das revelações da música produto de divulgação pela net. Muito boa!