Os olhos,
a marreta.
As mãos,
amarretas.
Escultora do próprio esculpir.
Não ter ao certo se primeiro
são as mãos, ou os olhos.
Com as mãos,
os olhos,
com os olhos,
o destroçar das linhas das mãos.
Depois,
redesenhar as torçuras abaixo da cintura:
o desalinho do Entre o Linho,
ninho e desejo,
o tropeço das pernas,
o tombo dos pés,
passos em coreografia de criança,
tortos telúricos labirintos de música silenciosa.
Por fim,
arrematar os olhos ao seu lugar:
Escultora cega,
Escultura nua de mim.
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