sexta-feira, 22 de março de 2013

22.3.13 - São Paulo

Escrever. Acabaram os versos. Se é que algum dia existiram. Como ultimamente ando com raiva de quem tem síndrome de vitima, então vou admitir que gosto muito de dois poemas meus e médio de uns três outros. Tem um que eu falo mal da Academia e que não gosto porque seja bom, mas porquê se algum dia eu me tornar uma boa escritora, inevitavelmente os malditos acadêmicos terão de ler este meu poema e terão de engolir o meu desaforo. Como eu sei que não serei uma boa escritora, fica só o regozijo da fantasia. Também ando escrevendo tudo em poesia. É que descobri que é mais rápido mesmo! Coisa de gente medíocre. É aquilo: é um embate. Comigo mesma. Não há escolha. Se se é uma grande pessoa, o embate será genial. Senão, serão pequenos passos de criança em meio a tropeços. C’est la vie!
Há alguns assuntos postergados. E escrever uma carta a um amigo e ler Bukowski acordaram antigas pendencias. Não vou lista-las não. Ando numa preguiça dos diabos! Apenas, vomitar o verbo e esperar feder. Que nem o charuto do meu chefe. A de hoje é sobre o meu mau humor (novidade?!). Mais precisamente, a minha impaciência com gente que se faz de vítima. Ou que é vítima mesmo, de verdade. Só que além de vítima, é também aproveitador/a/ da própria desgraça. Para ter algum holofote. Ando meio aporrinhada com isso. Egoísta mesmo, eu acho. E a idade vem chegando e estou aprendendo a ser cínica. Encheu o saco ficar dando sermão toda hora, sendo sincera. Arghut! Já basta meu filho, a quem sou obrigada a fazer isso por dever. Voltando à síndrome de vítima. É algo da sociedade do espetáculo, provavelmente. Ou facilitada pela TV, por Hollywood! As pessoas deviam aprender a ter alguma decência para sofrerem, sabe?! Não têm! Estão enchendo o rabo de dinheiro, mas são vítimas demais para limparem a própria privada. Dormem o dia todo e são vítimas demais para comprarem a própria comida, ao invés de filarem a minha. Daí eu sou a insensível, a mesquinha! Eu saio do trampo, cumpro a minha carga horária e deveres e se não fiquei de quatro no dia parece que não foi o suficiente para a tal vítima. Porque a pessoa ficou, né? Porra! Ficou?! Que merda, sinto muito mesmo! Contudo, dá para não me meter nessa? Lógico que não! E o papel de vítima da pessoa, onde ficaria se fizesse isso! E se não discursar sobre si, como é que vai olhar pra minha cara, enquanto eu limpo a privada para a sua bundinha? Ein? Ein? Preste atenção como as “vítimas, em sua maioria (há exceções, claro!) estão Ó.T.I.M.A.S em suas carreiras e/ou finanças? Notou? Se não estão é que são gastonas, mas daí é outra história, né? Não digo vampirizar o governo, que seria mera retribuição, ou foder aquele filho da puta que te fodeu. Não! Eu sou super a favor da vingança declarada! Manda tomar no cú, senão vira câncer! As minhas vitimas são as que ficam cuidando da vida alheia, contanto a hora que você sai e as vezes que deixou o prato em cima da mesa... Se conseguir, fuja delas meu caro/a/, fuja! É óbvio que eu posso estar sendo bem filhadaputa também. E, na realidade, estou. Uma filhadaputa com dignidade, todavia. E vítima? Só para o governo, que me deve 14 anos dos impostos do meu pai e ainda não pagou. E eu vou cobrar. Às vítimas, ofereço o meu cinismo e, na hora de uma de minhas TPMs,  a gente acerta conta.

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