terça-feira, 23 de outubro de 2007

Minhas pequenas promiscuidades diárias II

Todo dia entro, dou uma olhada,  vejo como está o clima das discussões e saio a caçar assunto para contribuir com a roda do Gironda Jacobina. Cinco rapazes eu que, do útil ao fútil, mas nunca inútil, tentamos arduamente ser o mais politicamente incorretos possível. Ninguém escapa; nem nós mesmos. O de todo mundo vai pra reta, docemente para a reta. Mas entre os acontecimentos da semana, está a minha saída da autoria dos posts. Não sei ainda se é definitivo.

Bom, publico abaixo o texto de deserção. Estou um pouco cansada, por isso, apenas copy/colas em minhas últimas publicações. (Zzzzzzzzzzzzzzzz...)

Fica apenas a confissão de mais uma de minhas matanças da matança de tempo. A porosidade que me preenche as lacunas das idéias.

 

E era uma vez uma greve...

e todos os seus sentimentos [...]
E no meio de toda a confusão alguns rapazes que tirando sarro de tudo e de todos me ensinou muito das únicas coisas sérias que aprendi nestes últimos tempos. Como nunca fui dona de nada, resolvi com alguma ponta de coragem ingressar no mundo dos adultos e tomar posse do que me deveria possuir no latifúndio da malandragem. Mais corajoso quem me deu as chaves “sem olhar a quem” mesmo sendo o Visconde. E passei a ler Marx porque vergonha de ignorância deixa a gente vermelha pra sempre, mesmo quando o rosto ainda parece amarelo e de pau. E tinha de ler jornal, charge, literatura, blogs, pessoas e pragmatismos para dar conta dessa Odisséia. E haja cervejarias para tanta andança. Às vezes dava curto e a adolescência danava a querer tomar o palco e a querer destruir tudo. Mas ninguém deixava, Graças a Deus (hehehe)! Às vezes, nem dava tempo de trabalhar. As idéias não deixavam. E elas eram enfiadas por gente de carne e osso: Marquês de São Vicente, Viscond de la Sabugeouise, Luther Mainardi Jabor, Dom Enrico della Brogna (foragido), Tibiriçá e o falecido Manu Brau (que Deus o tenha!)...Ufa! Haja refreshs!
Mas sabe àquelas horas em que de puro ócio (?) a gente resolve mudar o rumo das coisas, mochilar pelo mundo para ver como as coisas são, cometer alguma burrada, de propósito? Pois é...eis o momento. A luz, o túnel, O TREM! Cri! Cri! Cri!
Depois de uma doze extra forte de café de escritório, Domna Amélia não agüentou e em decúbito dorsal veio a óbito, num bloguicídio sem fim, hermenêutico. Sem choro nem vela, não agüentou a curiosidade de morrer e morreu. Só para ver como é que é. Suas unhas do pé eram encravadas e os dedos tortos. O cabelo, confessou em carta de despedida, era alisado e preto. As roupas, emprestadas de uma companhia de teatro de atores famintos despedidos após a última filmagem da obra de Godá (escrevi certo?) e que agora tentavam a vida num circo circulado pelo círculo caucasiano de Bretch. Havia também a óbvia confissão sobre a compra de seu título de nobreza. Lógico! Mensalão já é de outras histórias...
A brincadeira tem de virar de meninos, pra ver se assim os carrinhos e os pontapés bem mal intencionados aparecem. A esteatopigia (escrevi certo?) não deixa algumas meninas jogar futebol.
Estará por aí! Em algum céu ou inferno como cocha de retalho humano, com os pedaços de cada uma das malandragens aprendidas, a rir enquanto come brioches e escreve algumas cartinhas de amor (muito bem intencionadas em suas más intenções)!
(Esperem eu dar o refresh para comemorar! Please! Merci)

 

Fonte: http://girondajacobina.blogspot.com 

Nenhum comentário:

Postar um comentário