quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Minhas pequenas promiscuidades diárias

Bom...(sei que não se pode começar um texto com bom!) ainda faltam trinta minutos para sair do escritório e embora minhas tarefas tenham se encerrado, cheguei tarde hoje ao escritório e meu chefe está ao meio lado o que implica minha permanência na frente deste computador.

Há alguns dias, depois de alguns cafés, e como gosto de pensar sobre coisas completamente desnecessárias, me apeteceu de escrever sobre a relação um tanto quanto promíscua que estabeleço com a droga oficial (que isto fique frisado – oficial) do Capitalismo.

Odeio café. Isso é um fato. Quando criança, não conseguia nem sentir o cheiro. Aos apaixonados por esta água suja com açúcar, minhas mais sinceras desculpas. Mas ô bebidinha ruim! Enfim, venho aqui para contar sobre o percorrer desse relacionamento um tanto quanto passional.

No início tudo eram trevas. Então, Deus disse “Fiat Lux” e a luz foi feita. Ou alguma coisa parecida. No inicio, tudo era sono, então o patrão disse “o seu trabalho não rende” e então, o café foi consumido. Por necessidade, que é geralmente o que leva os submissos proletários ao mundo do café, passei a consumir a bebida...a me cafeicolizar. Deixo claro que tomo café, duplo, quatro vezes por dia, todos os dias a três anos e não sou viciada! Porém devo confessar que sou dependente.

Meu nome é Yara e quando me iniciei por este caminho, um copo de café era o que me bastava. Ficava elétrica, as mãos escreviam sozinhas. Uma verdadeira lambidinha de êxtase! Depois, um só copo não mais me satisfazia. As companhias também exercem influência. Aquele papo gostoso e sincero da copeira do trabalho, os amigos (Sim, Sônia, me refiro a você!), a sociedade. Encontrava a bebida até mesmo em meu próprio lar. Minha mãe também consome. Mas a ela ao menos a relação é de prazer. Quanto a mim...

Igualzinha a mulher de vagabundo, que apanha, mas volta e ainda defende seu agressor, também eu me vejo todos os dias, masoquisticamente, na copa, tomando o bom e velho cafezinho. Vis esperanças de um despertar glorioso!

Termino aqui. Parada para o cafezinho! (Eu sei, um final clichê. Mas verdadeiro!)

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