quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ombudsmando-me

Olá querido....hum...diário?! Bom...ainda não sei se posso assim intitular este veículo de descomunicação.  Mas, embora parte da desreflexão de hoje (como podem ver, o “baratinho” de hoje é o prefixo “des”), a nomenclatura do copo recipiente de minhas entorpecencias mentais, não é realmente o motor propulsor da discussão (veja que ironia essa raiz da palavra dis cussão em que há a pressuposição do outro...seria melhor colocar “essa monocussão”). O que me leva a tão epopeicamente superar minha preguiça de pensar é o acometimento do sentido do atual hábito de escrever ... em blogs, deste ato em si que agora realizo.Seria uma masturbação do pensamento na busca de um orgasmo intelectual de um fetiche vaidoso? Uma tentativa apequenada de transcendência de realidade, já tão fadada uma rotina medíocre e sem saída em que o senso-crítico (mesmo que psedo) tem, assim como a morte certa de nossa condição de humanos, um vislumbre de entrevamento. Vejo ainda, o suspiro esperançoso do moribundo (nossa, que dramático! Bem característico de um veículo como esse!) que ironiza o próprio sentimento de esperança deste mesmo suspiro.

Leio diversos blogs por dia. Até mesmo para alimentar o conteúdo dos meus – que são dois: o Gironda Jacobina e este. E embora, fique feliz com a alternatividade deste tipo de informação, antes monopolizada por uma Globo, ou por uma Folha de São Paulo da vida, este tipo de rotina parece me apontar para uma outra coisa, ou mesmo para outras coisas. Decidirei até o final deste texto.

Certa vez, uma amiga me disse: “quando estou bem, fico meses sem entrar no Orkut, mas quando estou sob pressão, trancada no quarto, entro de cinco em cinco minutos para ver novas mensagens”. Esta fala me chamou a atenção.

Seria uma possibilidade de uma nova realidade, ou a criação de um simulacro que de forma inconsciente funciona como um mecanismo de burlar o Sistema (que medo de escrever esta palavra!), um prazer de perversão?

Digo isso, pautada também por uma matéria que li no site da BBC, Sites de relacionamento custam US$ 260 mi por dia a empresas, diz estudo, em que se demonstra um significativo aumento do acesso de trabalhadores, mais especificamente, de escritórios, a sites de relacionamento. A tese defendida é a de que tais acessos trariam perda financeira à empresa (e a qual, inclusive, discordo inexoravelmente, mas isto é outro assunto).

Como sempre faço, não estou aqui para responder nada. Pelo menos, não por agora. Mais uma vez, assim como Sócrates (que pretensão, não?) ficam apenas as perguntas.                

Um comentário:

  1. Srta "Ombudsgirl",

    Venho, por meio deste curto texto, elogiar vossa senhoria pelo deleite que trazem suas DIS/MONOcussões. Costumo visitá-las em meus cinco-minutos de fuga diária do Sistema.
    Continue sempre assim e, pra não burlar muito o tal Sistema, encerro pedindo um beijo pra mamãe, pro papai e especialmente pra vc!

    Grata,
    Sua leitora.

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